40 Dicas para Aprender Inglês - Parte 3

Parte 2


21 – O auxiliar “Do” (I)
Em minhas aulas particulares, gosto muito de começar o ensino da língua com o “simple present”, que não é difícil e dá ao aluno uma capacidade inicial de se comunicar bem maior do que se ele começasse aprendendo o verbo “to be”.
E é neste primeiro ponto gramatical onde começam muitas confusões porque há pessoas que se baseiam muito no Português para aprender outra língua. Isto, como já mencionei, não é aconselhável, e tende sempre a não ter sucesso.
Como transformamos frases em perguntas em Português? Muito simples, basta, ao escrever, colocarmos o ponto de interrogação, e, ao falar, mudar a entonação para pergunta.
Exemplos:
Eles trabalham aqui. → Eles trabalham aqui?
Você gosta de suco. → Você gosta de suco?
Em Inglês precisamos recorrer a um elemento chamado auxiliar, que é o “Do”. Ele não tem uma tradução e serve para nos mostrar que a frase está no presente.
Eles trabalham aqui. → They work here.
Eles trabalham aqui? → Do they work here?
Você gosta de suco de laranja. → You like orange juice.
Você gosta de suco de laranja? → Do you like orange juice?
Viu como é fácil? Os erros dos alunos, então, consistem em não colocar o auxiliar, numa tradução palavra por palavra do Português. Isto até existe em Inglês, mas é usado apenas numa linguagem bem informal onde quem pergunta expressa surpresa.
Exemplo:
I need $800 to buy some books. → Eu preciso de $800 para comprar uns livros.
You need $800 ??? → Você precisa de $800 ???
Aqui, então, quem pergunta não quer saber exatamente se a pessoa precisa ou não. Ele já sabe a resposta e achou um absurdo o valor pedido, quando ele imaginava, por exemplo, algo em torno de 100 ou 200 reais.


22 – O auxiliar “Do” (II)
E a outra dúvida quanto á esta palavra vem do uso do tempo presente para responder, por completo, a perguntas feitas.
Já vimos que precisamos do auxiliar para formularmos uma questão no presente:
Do you live here?
Ora, as duas respostas possíveis são “sim” e “não”. Se respondermos de forma curta não há do que se ter dúvida: “Yes, I do” e “No, I don’t”. Já se precisarmos usar a resposta completa, muito pedida nas escolas, cursos e provas em geral, temos que prestar atenção para não colocar o auxiliar no caso afirmativo.
Então:
Yes, I live here.
No, I don’t live here.
Mais uma vez, devo mencionar que existe o caso em que o “Do” é usado na resposta afirmativa, mas é um tópico mais avançado e pouco usado didaticamente. É quando precisamos enfatizar a nossa resposta.
Exemplo:
Yes, I do live here.
Isto equivale a “eu realmente moro aqui” e está bem claro que não é toda hora em que precisamos usar este recurso.


23 – O auxiliar “Does”
Também está ligado ao presente simples e é usado nas perguntas e nas respostas negativas quando o sujeito da frase é ou equivale a “he”, “she” ou “it”.
Veja a comparação com “do”:
Do they need money? → Does he need money?
Yes, they need money. → Yes, he needs money.
No, they don’t need money. → No, he doesn’t need money.
Já vimos que, quanto ao “Do”, não o colocamos na resposta afirmativa. Fazemos o mesmo com os casos de “Does”, mas também temos que prestar atenção em conjugar o verbo, geralmente colocando “s” na resposta afirmativa pois é assim que se trabalha com a 3ª pessoa do singular, representada pelos sujeitos “he”, “she” ou “it” e nomes equivalentes.
Espera aí, Fabio, o que você quer dizer com sujeitos equivalentes?
Ora, muito simples, são os nomes próprios, substantivos, profissões e qualificações diversas para os sujeitos nas frases.
Exemplos:
Does he write books? → Does Fabio write books?
Yes, he writes books. → Yes, Fabio writes books.
No, he doesn’t write books. → No, Fabio doesn’t write books.
Does she sleep late? → Does your mother sleep late?
Yes, she sleeps late. → Yes, my mother sleeps late.
No, she doesn’t sleep late. → No, my mother doesn’t sleep late.
E quanto à conjugação dos verbos, na grande maioria das vezes consistirá apenas em colocar “s”. Os casos em que isto não acontece são facilmente encontrados nos materiais didáticos e gramáticas em geral.
Para você praticar usando as respostas completas:
Do you drink milk every day?
Does he like to travel?
Does Monica live in Rio?
Do Monica and Eduardo live in Rio?


24 – O pronome “it” como sujeito da frase
Esta é outra dúvida comum que vem do problema de se tentar traduzir tudo do e para o Português. Usamos “it” como sujeito de frase, em Inglês, para nos referirmos a uma coisa, animal ou acontecimento e também para que várias frases tenham sujeito, o que é desnecessário em Português. E é aí onde mora o perigo.
Vamos por partes:
Podemos responder à pergunta “Where is the book ?” com “The book is here”, ou, simplesmente, e de uma forma muito mais natural “It is here”, onde “it” se refere ao livro.
E na pergunta “Is it raining ?”. O pronome existe para que a frase tenha um sujeito. Nove entre dez alunos iniciantes, ao elaborar esta pergunta, falam “Is raining ?” pois pensam em Português.
O mesmo acontece com “It is getting dark” (está ficando escuro), “it’s noon” ( é meio dia) e muitos outros casos.


25 – O auxiliar “Did”
O passado nas frases em Inglês é bastante fácil, infinitamente mais que em Português, pois não há variação dos verbos quanto às pessoas. É uma conjugação única.
E o uso é idêntico ao presente, ou seja, há um auxiliar (“Did”) para as perguntas e para as frases negativas e, afirmando algo, conjugamos o verbo. Mas sempre lembrando que a conjugação é única, ou seja, em frases com sujeitos iguais ou equivalentes a “he”, “she” e “it”, os verbos continuam os mesmos.
Voltando ao primeiro exemplo do tópico 23:
Do they need money? → Does he need money? → Did they (I, he, she…) need money?
Então podemos ver que o passado é mais fácil que o presente pois não trocamos o auxiliar. E nas respostas também será mais fácil pois alteraremos menos o verbo:
They need money. → They needed money
He needs money. → He needed money
Alguns erros comuns cometidos pelos alunos quando ainda não assimilaram bem este assunto:
Do they needed money?
Does he needed money?
Did they needs money?
Do he neededs money? (Cruz credo !)
Todos estão errados pois não devemos mexer com o verbo nas perguntas, a não ser naquelas exceções do tópico 22, ao fazermos perguntas com presente e passado.
E nas respostas negativas o raciocínio é o mesmo : colocou o auxiliar, não mexe com o verbo.
Mais formas erradas:
He don’t needs money.
He doesn’t needs money.
He doesn’t needed money.
He didn’t needs money.
E como exercício de fixação você pode pegar as frases do final do tópico 23 e transformá-las também em perguntas e respostas com o tempo passado.


26 – O uso correto do artigo “The”
Mencionei anteriormente que os verbos no passado são muito mais fáceis que seus similares em Português por haver uma conjugação única.
Com o artigo definido acontece o mesmo. Dê uma olhada nos exemplos:
Inglês – The boy is tall. The girl is tall. The boys are tall. The girls are tall.
Português – O menino é alto. A menina é alta. Os meninos são altos. As meninas são altas.
Uma única palavra em Inglês representa quatro em Português.
A atenção que devemos ter aqui, novamente, é tomar cuidado para não traduzir frases palavra por palavra do Português para o Inglês. Isso porque o artigo definido, em Inglês, raramente precede nomes próprios. Dê uma olhada:
O Luiz é meu amigo. → Luiz is my friend.
O Brasil é um país lindo. → Brazil is a beautiful country.

E o outro ponto que merece atenção é que, em Inglês, não usamos o artigo para falar de coisas genéricas, apenas de casos particulares, específicos.
Listen! The baby is crying. (Ouça! O bebê está chorando.). Esta frase é dita referindo-se a uma criança em especial, pois, quando generalizamos, o artigo some. Exemplo: Babies cry a lot when they’re hungry. (Os bebês choram muito quando estão com fome.)


27 – Plurais
Os plurais da maioria dos substantivos, em Inglês, seguem a regra de como procedemos em Português, ou seja, acrescentando “s”.
E, assim como em Português, em Inglês temos exceções, com casos que podemos explicar e outros que são irregulares.
Você há de pensar : “Irregulares ! Lá vem ‘decoreba’”. É verdade mas não é complicado e, como na nossa língua, podemos assimilar rapidamente.
Se temos então, em Inglês, uma palavra terminada em CH, SH, S e X (e na maioria dos casos, também na letra O), não vamos apenas colocar S, e sim ES.
Temos: bus – buses; watch – watches; bush – bushes; fox – foxes.
Mesmo sem a regra, nós já percebemos, naturalmente, que não caberia apenas acrescentar S às palavras acima.
E as irregularidades ? Veja como é fácil. Não há explicações de por que, em Português, os plurais de avião e mão são, respectivamente, aviões e mãos. Sabemos pela prática. Você conseguiria se expressar dizendo “Vou ter que pegar dois aviãos para chegar a Moscou.” ?
Pois temos vários casos em Inglês. Eis alguns:
Child – children; foot – feet; man – men; mouse – mice.
Tudo bem então quanto às palavras? Legal, agora temos que prestar atenção nas frases.
Vou dar um exemplo em que três coisas diferentes vão acontecer com palavras em uma frase:
“You bought a good book yesterday.”
Em “a good book” temos, pela ordem, um artigo indefinido, um adjetivo e um substantivo.
Se o artigo fosse definido, ele permaneceria normalmente na frase no plural. Os indefinidos, ao contrário, desaparecem pois não acompanham um substantivo plural.
Já a palavra “good”, um adjetivo nesta frase, permanece sem alterações, como acontece com os adjetivos em geral.
E, finalmente, o substantivo varia para o plural.
Então temos: “You bought a good book” → “You bought good books.”
Uma dica valiosíssima para este e para a maioria dos pontos de gramática: tente compreender os assuntos naturalmente, fazendo exercícios e observando a fala e a escrita, pois, se você parar para pensar nas funções sintáticas e gramaticais das palavras cada vez que se expressar, nunca conseguirá fazê-lo bem. A gramática e a sintática servem apenas como nexo, como prova, para serem entendidas inicialmente.


28 – O verbo TO BE
O verbo To Be é, em muitos métodos, colégios e cursos, o primeiro assunto a ser ensinado em Inglês. Eu acho bom que isto aconteça apenas com as crianças, que iniciam bem devagar, com algumas palavrinhas e sem preocupações do uso imediato da língua.
Para os adultos, como já mencionei anteriormente, acho mais útil começar com as frases gerais do Simple Present, pois lhes dá uma capacidade maior de uso.
Pois bem, o verbo To Be é muito fácil mas há alguns alunos que cometem errinhos bobos por falta de atenção, ao misturá-lo com DO e DOES nas frases.
Basta assimilar o seguinte: onde entra o verbo To Be (em suas conjugações Am ,Is e Are) , não entram Do e Does.
Vamos trabalhar com as variações nas frases:
They are my friends → They are not my friends. → Are they my friends?
Ora, para transformar a frase afirmativa em negativa, basta acrescentar NOT ao verbo e, para fazê-la tornar-se uma pergunta efetuamos a troca do verbo com o sujeito.
Há pessoas que colocam nesta estrutura os auxiliares que dela não podem fazer parte. Vejamos algumas frases erradas:
They don’t are my friends.
I don’t am a doctor.
Do you are here?
E outro erro muito comum que vejo meus alunos cometerem ocorre quando há sujeitos grandes nas frases. Não tem mistério. É só passar para o começo o verbo.
Exemplos das frases certas:
Ana is your sister. → Is Ana your sister?
This beautiful young girl is your sister. → Is this beautiful young girl your sister?


29 – O Present Continuous
Extremamente ligado ao verbo To Be, já que sem ele não existe, o Present Continuous (ou Present Progressive , como indicam alguns materiais ) indica uma ação em andamento, em continuidade, e é formado sempre por uma forma do verbo To Be ( am, is ou are ) e um verbo no gerúndio.
E é desta formação que vem um erro muito comum dos alunos. Não se pode esquecer nenhuma das duas partes pois aí não existirá uma frase correta. Alguns exemplos:
Frases certas : She is working now. They are studying at the moment.
Frases erradas: My brother playing the guitar. The girl is dance now.
Esclarecido um ponto, vamos a outro. Quando dobrar uma letra ao passar um verbo para o gerúndio?
É só seguir os passos:
a) As três últimas letras têm que ser consoante – vogal – consoante (CVC), como os verbos CUT, HIT, SWIM, ADMIT. Esta geralmente é a única regra ensinada nos colégios, o que pode gerar, depois, uma grande confusão.
b) A palavra precisa ser monossílaba ou oxítona, ou seja, ao conjugar, por exemplo, LISTEN e TRAVEL, não dobramos a letra.
c) a última letra da palavra não pode ser x, y nem w. Então verbos com PLAY, GROW e FIX não têm suas últimas letras dobradas.

E, por último, para destrinchar bem este assunto, devemos lembrar que há verbos que não são usados no Present Continuous. E aí deve-se tomar muito cuidado com duas coisas: evitar (mais uma vez) traduzir frases do Português para o Inglês e lembrar que estes verbos não são usados especificamente nas formas progressivas, o que não os exclui de agregarem o gerúndio em algumas situações. Observe abaixo:
“I am not understanding.” Esta frase não existe em Inglês. Ela é uma tradução, palavra por palavra, do que seria dito em Português, O correto seria “I don’t understand.” Ou, ainda , “I can’t understand.”
“Knowing another language is very important.” Aqui “knowing” funciona como sujeito da frase e não como Present Continuous. A frase está certa, não está vinculada ao verbo To Be e não indica continuidade.


30 – Formação de Perguntas (I)
Já trabalhamos com questões no presente e no passado e agora vamos aprender um pouquinho mais sobre as perguntas feitas em Inglês.
A estrutura básica de perguntas, na grande maioria dos casos, envolve quatro elementos. Auxiliar – Sujeito – Verbo – Complemento.

No presente – Do you live here / Does he need this book?
No passado – Did you write the letter yesterday?
No futuro – Will they see this?
Na forma condicional – Would Mr. Boyd talk about that?

Vemos que para cada caso temos auxiliares diferentes: Do e Does para o presente, Did para o passado e assim por diante. Estas são perguntas simples que exigem apenas respostas yes ou no, exceto se houver uma escolha explícita.
Exemplos:
Do you like orange juice?
As respostas possíveis são, na forma curta, “Yes, I do” e “No, I don’t”. Na forma completa, “Yes, I like orange juice” e “No, I don´t like orange juice.”
Agora vejamos:
Do you prefer to read books or magazines?
Neste caso, não é possível uma resposta yes ou no pois precisamos tomar uma posição, optar por um dos casos. Então responderíamos ou “I prefer to read books.” ou “I prefer to read magazines.”


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1 comentários:

Anônimo disse...

ofhkb9mf

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